Família em tempos atuais,
Educação em diferentes contextos.
No Brasil
o conceito de família se encontra em mudanças rotineiras devido ao desenvolvimento do país. E isso tem gerado
conflitos familiares, muitos se desencontrando, nessa revira volta, sem nenhum
preparo emocional e psíquico para enfrentar as novidades do dia a dia.
Esse
trabalho tem como fundamentação, trazer à tona a verdadeira família atual, que
dia a dia vem se modificando dando espaço para outra realidade familiar.
A família
nos últimos tempos vem se diversificando muito, atualmente as pessoas tem
procurado meios de convivência entre pessoas do mesmo sexo, formando casais e
até família. Procurando um meio de bem estar, um ambiente satisfatório,
unindo, a afinidade e coabitação.
Essa transformação familiar aos poucos se encontra espaço na sociedade,
possibilitando assim uma construção de família, pai e filho, irmãos e irmãos,
mãe e filhos e extinguindo preconceitos
, crenças de que família é a união de pais (homem e mulher) e filhos.
A família será sempre de grande importância na
sociedade, a educação e os bons costumes vem de uma família bem estruturada.
A família tradicional vem perdendo aos poucos
as características, de uma instituição familiar devida o trabalho dos pais nos
tempos atuais. O período em que pais e
filhos ficam juntos, se diminuem a cada
tempo, o trabalho e a escola é o fator que contribuem para esta distancia, sem
falar na internet ( que ao mesmo tempo uni pessoas, mas as, principais ela
afasta) e outros meios tecnológicos que interferem em nossas vidas relativamente, casos que tornam preocupantes, aos poucos negligenciamos o relacionamento familiar e
damos lugar ao descaso.
A
família contemporânea se diferencia da família
cristã de séculos passados, a necessidade, trouxe mudanças grandes nos
relacionamentos conjugais, mantendo os casais afastado dia inteiro. Contribuíram
para essa mudança, vários fatores como o trabalho, o estudo, economia, a
internet, tecnologia, a violência, a falta de respeito.
O trabalho
é um grande contribuinte para a mudança
dos conceitos familiares, a necessidade financeira que afeta as famílias obriga
o pai e a mãe a saírem de seus lares, abandonando os filhos e indo atrás de
alimento, esses filhos, se criam muitas vezes sozinhos, fazendo o que eles
querem ser ter ao menos um adulto por perto para dar uma ajuda emocional a
elas. E isso gera desamor, raiva, envolvimento com pessoas estranhas.
Diante
do panorama diversificado é difícil conceituar a família brasileira, como
menciona CERVENY (2002, p. 19), “é difícil traçar um perfil único da família
brasileira, tanto no que se refere a sua configuração quanto a sua estrutura”.
A
família é o centro das atenções para a psicologia que volta sua pesquisa na vida familiar do
paciente. A família é a base, o alicerce de todo cidadão. A mudança de atitude,
de temperamento social de um indivíduo, esta associada na estruturação
familiar.
A
uma necessidade de olharmos com olhar analítico e psíquico o individuo que esta
próximo de nós. Os casais estão mais vulneráveis ao entendimento, os
relacionamentos estão cada dia descartáveis. Pais e filhos entram em
desentendimentos muito cedo, os pais perderam a autoridade patriarcal.
O
comando do lar fica sem supervisão, os filhos ficam sozinhos, pais cansados da
labuta diária perdem as forças, e nisso as famílias vão se perdendo ao longo do
tempo. Pais se separam por não suportarem a pressão diária, filhos crescem e se
envolvem no mundo das drogas e da violência.
É
comprovado que os pais presentes tendem a serem saudáveis ao relacionamento da
família, os filhos apresentam um equilíbrio mental superior ao filho que
possuem seus pais ausentes.
Infelizmente
o casamento desestruturado apresenta nos membros familiares um desiquilíbrio psicológico
devido à violência causada dentro do ambiente familiar.
E dessas
desestruturações familiar são gerados outros grupos que se juntam formando
novas famílias.
Menciona
CERVENY, (2002, p. 21), que,
A
variável consanguinidade, por exemplo, considera historicamente como a
principal e mais importante na definição da composição do grupo familiar, passa
a dar lugar a outros, tais como o parentesco a coabitação, a afinidade, etc.
O modelo
tradicional de família, ou seja, pais e filhos, cada dia vai deixando de
existirem. Hoje já existem novos tipos de família e sempre surgem mais um, a
legislação brasileira abraçam o chamado “família” como afetividade. A palavra “afetividade” ela
é expansiva num sentido amplo.
Maria
Berenice Dias (2011, p. 40) esclarece que:
A
vastidão de mudanças das estruturas políticas, econômicas e sociais produziu
reflexos nas relações jurídicas familiares. Os ideais de pluralismo,
solidarismo, democracia, igualdade, liberdade e humanismo voltaram-se a
proteção da pessoa humana. A família adquiriu função instrumental para a melhor
realização dos interesses afetivos e sociais.
Os
interesses sociais vivenciados nos dias atuais dão margem a um desencaminho,
hoje é cada um para si, que contribui para um fracasso familiar. É de suma
importância que a sociedade valoriza os valores fundamentais do casamento.
Os
ensinamentos de Berenice Dias (2011, pag.44)
afirma que:
As
pessoas passaram a viver em uma sociedade mais tolerante e, com mais liberdade,
buscam realizar o sonho de ser felizes sem se sentirem premidas a permanecer em
estruturas preestabelecidas e engessadoras. Acabaram os casamentos de fachada,
não mais se justifica relacionamentos paralelos e furtivos, nascidos do medo da
rejeição social. Esta ocorrendo uma verdadeira democratização dos sentimentos,
na qual o respeito mútuo e a liberdade individual são preservados.
A
afetividade abre espaço para casais sem filhos, pai e filhos, mãe e filhos,
pessoas sozinhas, gerações sobre mesmo teto, casais gays, amigos e amigos,
irmãos e irmãos, avos com neto, e famílias com filhos e filhas de outro
casamento, esses já ganham espaço na atualidade familiar. No prédio onde moro
tem 12 moradores, ou seja, “FAMILIA” apenas a minha é a tradicional, ou seja, a
mudança da família tradicional esta se esgotando ou se extinguindo da face da
terra.
Nos anos
50, 70 a sociedade exigiam muito das mulheres, elas estavam encontrando seu espaço no mercado de
trabalho, foram muito menosprezada nessa época, mas elas estão vencendo, aos
poucos, aquele machismo do séculos passados vão deixando de existirem, e hoje
já se veem muitas mulheres tomando lugares poderosos de muitos homens, como
exemplo nossa Presidenta Dilma Rousseff.
E hoje os
homens tomam lugares nos lares, cuidando dos filhos, participante e dividindo
as tarefas domésticas com muita naturalidade e eficiência, abandonando o tabu
de que só mulheres são eficazes no lar.
Essa
mudança de comportamento contemporânea trouxe o homem mais próximo da família,
esta havendo uma aproximação de afetividade até então não existia.
O
machismo aos poucos vai dando lugar a um homem sensível, protetor e amigo da
família. E quem ganha, a família, e o próprio homem, porque ele se solta mais,
fica mais a vontade com os seus, e distribui harmonia no lar.
As famílias
contemporâneas que surgem a cada dia, trazem uma carga de sofrimento, revolta,
desprezo, desrespeito, depravação, sem amor ao próximo, que só tende a aumentar
a violência e piorar a situação do mundo habitante. De um lado a taxa de
fecundidade caiu, no passado próximo a mulher tinha de média cinco a seis
filhos, atualmente a média é dois.
As pessoas buscam uma família menor, as
mulheres receosas de uma separação evitam ter mais de um filho, muitos casais
optam por não terem filhos, já prevendo uma futura separação, que muitas das
vezes o patrimônio também faz parte de uma prevenção.
Olhando para o mundo dos negócios, o estudo também é um dos fatores que predominam
a mudança da família brasileira, a pessoa com um grau elevado de conhecimento,
num mundo onde a economia, é o fator predominante de um mundo melhor , se vê
acuado a entrega dos prazeres
superficiais, e se vê obrigada a deixar de lado a entrega de constituir
família.
Quando o
sonho de qualquer mulher era casar e ter filhos constituir família, hoje é
estudar, trabalhar e viver sozinha,
viajar conhecendo países.
Esse
problema não é um caso gerador só do Brasil, há outros países onde existem
novas classes familiares.
Enquanto
que as famílias estão se posicionando de maneira adequada a realidade da
convivência afetiva atual, o país não acompanhou este desenvolvimento, e se
monstra fraco diante de certos problemas que só cabe a Ele dar uma solução
fática ao assunto, e em muitos casos fica inerte, ou trata a violência de forma
pacificadora tentando assim conduzir, com uma administração falida. E enquanto isso a violência e gerada por todos
os lugares internamente nos lares e externamente na sociedade.
A
educação familiar anda inerte, os herdeiros sucessores desta relação ficam carentes
de uma educação social, devido à diversidade de afetividade familiar, das
transformações avaliada como a nova família.
A criança
e o adolescente e as próprias pessoas adultas também se vê mediante uma
situação, onde tem que ingerir para si mesma e transmitir ao outro uma sensação
de bem estar, de tudo bem.
Esta
formação familiar diversificada ainda não esta positivada na opinião da
sociedade, mesmo aquelas que dizem liberais, elas se veem repressivas quanto ao
falarem que vivem em família, sempre dizem ”eu moro com minha mãe, eu e meu
filho, moro com um amigo, moro com meu pai e sua nova esposa”, nunca dizem “minha família”.
Se sente constrangidos e inferiores junto à
sociedade. Ainda há preconceito conservador de toda a sociedade, o próprio indivíduo
que vive nessas condições se sente constrangido. O sonho de todos é ter uma
família modelo e apagar do olhar o silêncio emudecedor.
Muitos por medo da falácia alheia reprimem e
buscam encontrar uma solução de equilíbrio, exigindo muito de si e dos outros
que fazem parte deste grupo familiar, gerando às vezes uma revolta interior que
a qualquer momento pode explodir.
A
obrigatoriedade de carregar uma responsabilidade de família nas costas traz um
de desiquilíbrio emocional, prejudicando a saúde, da alma, corpo e da mente.
A
necessidade de um acompanhamento psicológico a todo membro desta nova família.
A individualidade com implicações gera desconforto para todos, e a busca pela
estabilidade é essencial para a realização de uma união pacífica.
Os desafios dos psicólogos em ajudar as novas famílias que se surgem diariamente, na nossa contemporânea sociedade, é manter-se adequado as novas mudanças, buscando soluções progressivas a respeito do tema, para uma ajuda satisfatória a esse mundo de transformação social e psicológico dos novos grupos familiares que se surgem.
Os impactos dessa nova busca de uma vida melhor
para si viver, consiste na mudança de comportamento que muitas das vezes os
envolvidos no caso não estão aptos para a
transformação .
Surgem
grandes desafios no caminho, e muitos deles se perdem ao longo dos dias,
casamentos são esquecidos, os projetos
desfeitos, e a individualidade acentua
no coração da família.
Por um lado a mulher deixa de ser a Dona do lar e
passa a ser uma funcionária ou proprietária de uma empresa e o homem passando a
tomar as rédeas da casa, tomando conta dos filhos e da família, obrigando a
formar um novo arranjo familiar.
E para a
criança compreender esse nova família necessita estar amparada psicologicamente,
porque muitas das vezes ela vai conviver com outras crianças com famílias
tradicionais, e isso pode causar transtornos nos convívio diário.
Os
atuantes da psicologia contemporânea precisam estar paltados em conhecimento da
situação, refletir sobre a pobreza e a exclusão social. A necessidade imediata dessa busca avançada é
o objetivo de qualidade de vida melhor.
A pobreza
específica desenvolve uma desarmonia familiar, o profissional psicólogo deve
trabalhar visando mostrar aos seus pacientes a realidade dos fatos, fazerem
compreenderem que não estão ali por culpa deles e sim por uma infinidades de
problemas gerados no País, despindo conceitos familiares da sociedade
tradicional.
A
realidade pode a piorar quando um profissional rotula de forma preconceituosa a
posição da família atual.
A busca de um meio mais justo e adequado à
realidade atual família contemporânea, é trazer de volta sonhos esquecidos,
garantir direitos Constitucionais.
Passos e
Polak (2004, p. 39), afirmam que,
as novas
configurações do grupo familiar não vão estar representando a falência da
família, pelo contrário, revelam a sua potência, uma vez que possibilitam a
reinvenção permanente de seus padrões de funcionamento, e a criação pelos
sujeitos de novos núcleos relacionais, bem diversos dos constituídos sob a
marca da hegemonia patriarcal.
Os
profissionais em psicologia (psicólogos,
educadores sociais, pedagogos e assistentes sociais) devem se empenhar para que
as leis Constitucionais sejam
reconhecidas e valorizadas no âmbito familiar.
A lei que combate as intimidações
sistemática do bullying e a Lei 13.185/15,
em seus Artigos num todo, ampara todas as pessoas, combatendo a discriminação
em todos os sentidos da palavra, a Lei n. 8.069/90 - Dispoe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e outras providências, Lei 11.340/06 Maria da Penha estabelece que todo o caso de violência
doméstica e intrafamiliar é crime, Lei 10741/03 - Art. 3o,,
assim nos diz:
É
obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar
ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania,
à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Todas essas Leis vêm ao encontro de
uma proteção familiar, dar ao indivíduo o devido respeito e liberdade
necessária para obter uma vida digna e livre.
O que falta na sociedade é a
comunicação e conhecimento das leis do nosso País, e uma punição severa aqueles
que não obedecem as leis. Só assim combateremos os preconceitos enraizados
ainda em muitos indivíduos, mal informados.
Os
limites como a falta de conhecimento da sociedade, o dever de cumprir as leis
do nosso país devem ser superados, em outras palavras a intervenção externa
ajudara a sociedade a se libertar de tabus enraizados em preconceitos
destrutivos.
Oferecer quaisquer meios de saída para um
problema tão atual na nossa sociedade é superar barreiras e preconceitos
estabelecidos ao longo do tempo, não é tarefa fácil, pois envolvem pessoas,
crenças, costumes.
A própria
pessoa que vivem nessa condição é preconceituosa, se sente inferior aos demais,
se fecha para uma liberdade ampla e mais segura, por medo do que possa vir
acontecer no futuro.
Isso leva
a intervenção do Estado a buscar meios de ajuda a essa sociedade fragilizada,
sem uma ideologia e esperança. Uma fatalidade medíocre empobrecida de ideias
enfraquecidas e destrutivas.
Apontar
um culpado se todos pertencem ao mesmo grupo, é se calar diante de inúmeras
respostas sem sentido ou culpa. Conscientizar e compreender mutuamente o acusado, o acusador, é um
processo de concentração sem cobrança, apenas a ajuda do psicólogo é bem vinda.
Seja qual
for à família ela deve valoriza o amor, o sentimento, a vida privada. O
respeito é exigido, o Princípio da Liberdade é voltado para um direito delas.
São pessoas dignas de respeito e direitos reservados Constitucionais.
Mesmo que para a sociedade em geral elas são
vistas de forma descriminada, é dever de todos ter respeito e ampará-los como
uma família fosse.
Reorganizar
nossos conceitos, e valores, é
estabelecer novos rumos de uma vida feliz. A Bíblia nos diz em
Mateus 22:39, “Amarás o teu
próximo como a Ti mesmo”, um mandamento sábio da parte de Deus, que nos
ordenou a muito séculos atrás e que continua tão novo que as pessoas ainda não
acostumaram com ele.
A
sociedade precisa entender que a família
atual é
a união de dois ou mais pessoas, podendo ser do mesmo sexo ou não,
reunidos em conjunto em uma mesma casa,
e para isto não importa se sejam do mesmo grupo sanguíneo ou não, desde que
habitam num só momento numa mesma casa.
O espaço,
agrupamento de pessoas e a economia financeira, tiveram um papel fortuito para
essa mudança de comportamento familiar.
REFERÊNCIAS:
CERVENY,
Ceneide Maria de Oliveira; BERTHOUD, Cristiana Mercadante Esper. Visitando a família ao longo do ciclo vital.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
DIAS,
Maria Berenice, Manual
de Direito das Famílias. 8.ª edição. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2011.
Passos, M, C; Polak, P, M.,A identificação como dispositivo do sujeito na família. Mental. Ano II. n. 3. Barbacena. nov. 2004.