Atividade: Resumo - Simples e
Crítico
Informações Técnicas:
Doze Homens e Uma Sentença
(Twelve Angry Man) é um filme norte-americano produzido por Sidney Lumet
e escrito e dirigido por Reginald Rose. Foi lançado originalmente em 1957 e tem
como destaque os atores Henry Fonda, Martin Balsam, Jee L Cobb e Jack Warden.
Resumo simples:
Palavra Chave: Assassinato
- julgamento
Entram
doze homens em uma sala empobrecida, contendo no meio, uma mesa retangular com
12 cadeiras de madeira velha gastada pelo tempo, com janelas estreitas e
compridas quase chegando ao teto, um pequeno ventilador na parede. Num dia
quente, esses homens se reúnem a fim de decidirem o destino de um pobre e jovem
rapaz de apenas 18 anos de idade, com uma vasta lista de sofrimentos e perdas
em seu caminho. Condenado por assassinato de seu pai, agora o que lhe resta em
sua vida, é a tomada de decisões destes 12 homens que se encontravam ali como
papel de jurados. Que se reuniram em uma breve conversa, já chamando o relator
para dar-lhe a resposta do caso. Então começam a votação, onze homens foram
unânimes da resposta, votaram a favor da condenação, mas houve um que votou
contra. Como houve este impasse, todos os onze, perguntaram o porquê da decisão
contrária. Davis, assim era seu nome, respondeu que não sabia, pois não tinha
uma ideia, ou convicção formada. E nisso, começaram a discutir o caso, cada um
com seu argumento. E todas as vezes que se reuniram para votarem, aumentava o
número dos contra a condenação, houve atritos entre eles, muito bate-boca,
revoltas, insultos, calor abafado da sala e o impasse da votação, contribuíram
para a revolta de alguns. Por certo momentos se calaram, mas logo voltaram a
questionar os motivos da condenação. O Sr. Davis apresentou uma
faca, idêntica a que foi encontrada na cena do crime, curiosos perguntaram-lhe
onde ele teria comprado àquela faca, respondeu que foi no mesmo bairro onde o
rapaz mora. Ficaram um pouco apreensivos, pois disseram a eles que não existia
faca igual aquela em lugar algum. Começaram de novo a discutirem... E
logo em seguida iniciaram uma nova votação, para surpresa de todos, mais uma
vez aumentou o número dos contra a condenação, havendo desigualdade. Um deles
questionou as testemunhas contra o réu, e perceberam que elas estavam mentindo,
chegando a seguinte conclusão: Uma das testemunhas era um senhor já velho e
cansado pelo tempo, que arrastava uma perna ao andar, outra era uma senhora
também de idade avançada, que na vaidade de sua velhice queria aparentar-se mais
jovem, pois não usava óculos no momento do interrogatório. E eles perceberam o
que ninguém percebeu, nem mesmo os advogados de defesa, pois o velho tinha
certa dificuldade ao andar, e a senhora usava óculos, dai concluíram que nem o
senhor de idade e nem a mulher viram, coisa alguma, pois os mesmos, nos
determinados lugares onde estavam, no momento do crime, não podiam enxergar o
que acontecera. Dessa argumentação, começaram pela última vez a votação, onde
onze deles votaram contra e restando apenas um, e chegando sua vez, ficou
calado apreensivo, nervoso, este era o mesmo, que desde o início aparentava uma
pessoa desiquilibrada. Como todos unânimes, olhando para ele, aguardavam a
resposta de seu voto, e não suportando a pressão se desarmou em prantos,
votando contra a condenação. Nesse momento dez saem da sala ficando apenas
Davis, que vai até ele e o abraça dando seu apoio moral, em silêncio os dois
saem da sala.
Resumo
crítico:
O que
vi no Filme, foi uma sequência de erros. Doze homens julgando um rapaz de 18
anos, por assassinato de seu pai, inocente ou culpado, rapaz este que tivera um
passado infeliz, perdera sua mãe muito cedo, apanhava de seu pai e ainda tivera
algumas passagens pelo reformatório, vinda de uma família pobre e desestruturada.
Dai, surge um preconceito em alguns dos jurados. Todos teriam que ser unânimes
no julgamento, essa era a regra. Mas o que vi foi o seguinte: Homens
desqualificados, sem conhecimento algum em perícia criminal. Cidadãos comuns,
sem malícia, e interesse para apurar fatos importantes para um julgamento. Alguns
ou quase todos, ao reunir-se para discutirem sobre a questão, e votar, não
pensaram, e o condenaram em primeira instância não se preocupando em analisar o
fato ocorrido. Pois o que importava para quase todos, era terminar logo com
aquele julgamento. Salvo, apenas um que se mostrou preocupado com a situação,
ponderando melhor seu pensamento, argumentando o motivo do seu voto e levando
aos outros a pensarem e mudarem de opinião. Houve uma desordenação total, a
sala sem ventilação, havendo um calor infernal, passando assim horas, em
situações alteradas, chegaram a se agredirem verbalmente em momentos
angustiante e de desconforto. E não bastando tudo isso, teriam que decidir o
julgamento de um rapaz de 18 anos. Na primeira votação o homem que inocentou o
réu, era um arquiteto, que se chamava Davis, percebi que ele tinha certo
conhecimento, e inteligência, usou desse conhecimento que possuía na
arquitetura e, transferiu de certo modo para aquele caso, buscando algo mais
forte, que o convencesse de que o rapaz era culpado. A Constituição foi falha
nesse sentido, aqueles homens eram inexperientes para julgar um crime, o que
importava para eles era receber pelo que estavam fazendo e aproveitar o resto
do dia. Não havia nenhuma responsabilidade séria, e isso é algo de se pensar.
Quantas pessoas possam estar hoje atrás das grades por falta de interesse
maior, ou até mesmo por falta de conhecimento de causa, de alguns jurados. Uma
coisa é sabida, que eles – os jurados têm acesso a todas as informações e podem
fazer acareações, reconhecimento e coisas, mas o desinteresse ou a falta
técnica do assunto leva a muitos optarem pela decisão de (Maria vai com as
outras), ou até mesmo pela aparência física superior de alguns jurados. Isso
aconteceu no filme, pois quando se reuniram para votar, houve a mesma sentença
em sequência, aliás, da para perceber que alguns iam dizer o inverso, mas, por
motivo coercivista do olhar de alguns, seguiram a maioria. Um fato interessante
que me chamou a atenção foi do último jurado, que não admitia mudar a sua
opinião, relutou contra si mesmo, e em prantos inocenta o réu. O tempo todo do
filme ele se apresenta alterado e reprimido. O filme abre nossos olhos, a
enxergar um lugar onde não devemos julgar segundo as aparências e ter mais
consciência do que falamos e fazemos a respeito do ser humano, para o bem de
todos.