Resumo:
Ao
contar uma história, o professor Michael propôs que, os alunos fossem um
maquinista de um bonde, e que este bonde estivesse a 100 km/h, e no final dos
trilhos tivessem cinco operários trabalhando, e os freios do bonde não
funcionam. Ai você fica desesperado por que sabe que atingira os cinco
trabalhadores, e eles morrerão, sentindo impotente, enxerga a sua direita uma
trilha auxiliar, mas nela há um operário trabalhando, o volante pode virar o
bonde, e você tem duas saídas, mata cinco e salva um, ou salva cinco e mata um.
A
questão é: O que é certo fazer?
Pergunta
aos estudantes – “Quantos virariam o bonde para a trilha auxiliar”? – ou seja,
matar apenas um operário.
A
maioria dos estudantes respondeu que sim – levantando a mão.
O
professor faz outra pergunta – “Quantos seguiriam em frente”?
Pouquíssimos
levantaram a mão.
Não
satisfeito com as respostas, perguntou a um dos que matariam um e salvaria os
cinco.
-
Uma jovem se levanta e questiona o seguinte: “Porque não pode ser o certo matar
cinco pessoas, quando você pode matar só uma”.
Resolveu
ouvir um dos da minoria, ou seja, dos que matariam cinco e salvariam um.
Levantou
um rapaz da plateia e argumenta: “Acho que é esse mesmo tipo de mentalidade de
justiça – o genocídio e o totalitarismo, para salvar uma raça, você elimina a
outra”.
Professor
pergunta – Para evitar os horrores do genocídio, você bateria nos cinco
operários e os mataria?
O
jovem responde – Presumo que sim. O professor agradece ao jovem e diz: É uma
resposta bastante corajosa. E nisso ele expõe outro caso com o bonde:
Agora
você é um observador e não um maquinista – você esta numa ponte por cima dos
trilhos, e nota que se aproxima um bonde, e percebe que no final da trilha á
cinco trabalhadores, e os freios não funcionam, pode mata-los a qualquer
momento, sentindo impotente percebe que há um homem gordo debruçado na ponte,
percebe que só um empurrão ajudaria a salvar os cinco operários. E o professor
pergunta:
-
Quantos de vocês jogariam o gordão nos trilhos?
A
minoria levantaram as mãos.
E
pergunta – Quantos não jogariam?
A
maioria levantaram as mãos. O professor pergunta “O que aconteceu com os
princípios que quase todos endossaram no primeiro caso”?
Diante
das respostas dadas ele faz, mas um exemplo.
Um
médico no pronto socorro chegam seis pacientes todos acidentados, cinco tiveram
ferimentos leves e um está seriamente ferido. O que fariam? Passariam o dia
todo cuidando do ferido grave, se durante este tempo os cinco morreriam, ou
cuidaria dos cinco, e deixaria o ferido gravemente morrer. E ele pergunta:
Quantos salvariam os cinco? A maioria levanta a mão.
Volta
a perguntar – Quantos salvariam apenas um? Pouquíssimos se manifestam.
E
nisso ele dá outro exemplo e logo em seguida entra no assunto principal.
Diante
dos fatos reais, os princípios morais começam a surgir, ele explica que depende
das consequências das ações, do raciocínio moral consequencial. Ele explica que
diante dos exemplos citados mudamos nossa opinião. Nisso ele cita alguns
filósofos do século XVIII, Immanuel Kant, Aristóteles, John Locke, as polêmicas
contemporâneas políticas e jurídicas que questionam esses filósofos.
Fala
que a igualdade e desigualdade, a ação afirmativa, a liberdade de expressão e
intolerância e outros, que esses livros filosóficos nos iluminam no nosso
dia-a-dia, nos são atraentes, mas é necessário saber lê-los, pois pode nos
trazer certos riscos, os pessoais e políticos, pois a mesma filosofia que nos
ensina também nos perturba. A alerta que a filosofia pura nos afasta da
família, e nos provoca a ver as coisas de outra maneira. Quando olhamos para
nossa família estranha, á nossa inocência é perdida. E cada um de nós têm os
nossos próprios princípios, que devemos tomar cuidado neste mundo filosófico. A
evasão do ceticismo nos leva a desistir da reflexão moral, e este vídeo nos
desperta para a inquietude da razão e ver aonde ela pode nos levar.
Vídeo-
Michael Sandel “Justice – O lado moral do assassinato”
Resumo
Crítico:
O motivo pelo qual o
professor Michael Sandel, citou exemplos bastante confusos e polêmicos é para
nos deixar um aviso:
“Cuidado
com o que você pensa ou agi, cuidado com este mundo filosófico, porque o
ceticismo, nos leva ao um mundo onde o nosso ‘Eu’, não existe, apenas o outro,
ficamos a mercê de ideias e pensamentos alheios a nossa realidade familiar”.
Quando fazemos distinção entre à ética e a
moral, ficamos confusos, e não nos trás nenhum aproveito. Quando usamos à
ética, somos obrigados a matar a moral, à ética nos trás um mundo perfeito, um
simbolismo de justiça, é uma iludi tória filosofia do certo. A moral é branda,
equilibrada, justa, num ponto de humanitarismo familiar.
Vejamos
quando, ele dá o exemplo do homem gordo debruçado na ponte, pela ética é fácil,
resolver o assunto, matando um e salvando os cinco. Mas olhando para o lado da
moral, o que tem haver aquele homem tranquilo olhando a paisagem, e de repente
aparece em sua frente um trem desgovernado? Nada, absolutamente nada, e porque
ele tem que pagar tão caro, inclusive com sua própria vida, por aquela visão do
trem desgovernado?
Só
que para os filósofos alguém tem que pagar o preço, é o certo, é ‘você’ ou ‘eu’.
A
filosofia nos agride e ao mesmo tempo nos acorda, para assuntos tão polêmicos
quantos esses que o professor expôs.
Devemos
compreender a ética e a moral, para tomarmos decisões, que mais tarde não
venhamos nos culpar ou se arrepender.
Ética
– é um conjunto de comportamentos ceticista, onde a regras, códigos e
fundamentos filosóficos.
Moral
– é um conjunto de princípios cultural, familiar e religioso.
Quando misturamos à ética e a moral, e (elas
sempre virão juntas), ficamos confusos: o que queremos não pode, o que podemos
não queremos, há uma briga de pensamentos e ideia, decisões, que se não formos
corajosos, não suportamos a preção que as duas nos metem. Uma prega fé, crença
nas coisas, outra prega o certo, o perfeito o reto. Tem um ditado que diz:
–“Deus escreve certo por linhas tortas”. Esse equilíbrio devemos encontrar
dentro de nós, uma coisa eu sei “ninguém é perfeito”, fomos feito imagem e
semelhança de Deus, e não Deus.
O
ser humano em geral, principalmente da área do direito deve obrigatoriamente
refletir conceitos éticos e morais, antes de tomar uma decisão final.
Um
assunto polêmico que o professor ressalta na sua palestra é: ‘Salvar cinco e
matar um. Salvar um e matar cinco’. Se olharmos para á ‘Ética’ é fácil decidir,
salvar os cinco e matar um, porque iremos encontrar milhões de vantagens em
salvar os cinco. Mas olhando para o lado ‘Moral’ – família, religião, cultura,
e deixar que o destino decida, é dizer: “Quem sou Eu, não sou digno de tomar
tal decisão, ou de estar aqui, (ficamos fracassados diante de tal situação)”.
É
necessário haver um equilíbrio entre a ética e a moral, principalmente para os
estudantes e profissionais da justiça, pois são eles que têm o dever de tomar
tal decisão, eles são as autoridades e juízes, a voz do certo e errado, é
deles. É isso que a sociedade espera deles. E se não souberem dosar a ética e a
moral, é evidente que será um profissional fracassado.
Lembro
que o professor ficou surpreso, em uma de suas perguntas, quando ele perguntou
para os alunos, referente ao homem que estava dormindo no hospital, à espera
para fazer um cheque up.
[...]
e arrancar os cinco órgãos, e salvar os cinco, quantos fariam isso?
Um
dos alunos respondeu:
“Pegar
o primeiro dos cinco pacientes de transplante que morrer e usar seus quatros
órgãos sadios para salvar os outros quatro”.
O
professor atônito diante da resposta, responde com certa frustração de derrota.
É
uma excelente ideia, ótima ideia; e confessa – ‘Você acaba de estragar meu
argumento filosófico’.
Isso
é profissionalismo, saber admitir o erro quando perde a batalha, parabéns para
o professor Michael, não é à toa, que é um referencial de estudo.